Por meio de uma parceria entre o Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães (SPRLEM), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e os Grupos Franciosi e Agronol, tiveram início na última quinta-feira, 31 de março, as aulas do Programa Jovem Aprendiz, treinamento em Supervisão Agrícola. O objetivo da formação, que nesta primeira turma atenderá 21 aprendizes de 18 a 24 anos de idade, é oportunizar a qualificação profissional rural e garantir com o apoio de empresas parceiras, a conquista do primeiro emprego com carteira assinada, oficializando desta forma, o ingresso no mercado de trabalho.
Durante a realização da aula integração, profissionais do Senar repassaram informações sobre as atividades e os projetos que buscam a qualificação profissional rural, apresentaram o Programa Jovem Aprendiz e expuseram a respeito da aprendizagem em Supervisão Agrícola. Ao final da aula, os aprendizes receberam o material que será utilizado durante o período do treinamento, que tem duração de 10 meses, com aulas diárias, sempre pela manhã. As aulas teóricas devem acontecer das 08h às 12h e, das 07h às 11h, as aulas práticas.
A coordenadora do treinamento em Supervisão Agrícola do Jovem Aprendiz, que também será professora em alguns módulos, Raquel Maria Gondim, lembrou que os aprendizes que tiverem rendimento, desempenho e participação abaixo da média nas duas etapas, não poderá passar para a próxima fase, que é a realização da aula prática na empresa, o que implicará no desligamento automático da formação.
Em complemento, a supervisora técnica do Senar, Daniella Santos, ressaltou que esta é uma oportunidade única, já que as empresas buscam jovens aprendizes, fecham parceria com o Senar para a qualificação profissional na sua área de interesse e, ao final do processo, efetivam a contratação daqueles que mais se destacaram ao longo da formação. “As possibilidades são inúmeras dentro do programa. Muitos aprendizes acabam sendo contratados, apesar de não ser obrigatória a contratação. Toda a condição e estrutura, nós damos. O sucesso só depende dos aprendizes”, destacou.
Presente à aula integração, o gerente administrativo do Sindicato Rural, Ronei Pereira, deu as boas-vindas e enfatizou a importância desta oportunidade de acesso a uma área de grande importância para a economia, que é a agricultura, responsável pelo equilíbrio da balança comercial. “Moramos em uma região essencialmente agrícola, de alta tecnologia empregada, de remuneração boa e que cada vez mais, precisa de pessoas capacitadas. Esta primeira turma de Supervisão Agrícola com certeza vai desempenhar um papel importante neste cenário, dando a sua contribuição para o progresso contínuo de nossa região. Em nome do Sindicato, posso dizer que estamos muito felizes, pois temos avançado naquilo que é o nosso papel: a qualificação profissional. Além do Programa Jovem Aprendiz, conquistamos também o curso Técnico em Agronegócio e agora estamos pleiteando a Faculdade CNA”, disse.
Termo de cooperação técnica
A aprendizagem em Supervisão Agrícola acontecerá pela primeira vez em Luís Eduardo Magalhães por meio de um Termo de Cooperação Técnica, que foi celebrado entre o Senar, as empresas e os jovens. Dos 21 aprendizes, oito foram contratados pelo Grupo Franciosi e 13 pelo Grupo Agronol. Durante a formação profissional, os jovens terão carteira assinada e remuneração para quatro horas de trabalho diário. O treinamento vai capacitar aprendizes para atuação na supervisão agrícola de diversas atividades, como plantio, colheita, beneficiamento, armazenamento, transporte, legislação ambiental e trabalhista, controle de produtividade, gestão de pessoas e de qualidade e planejamento estratégico e operacional. Após o término da formação, que tem duração de 10 meses, as empresas devem escolher entre os alunos, aqueles que mais se destacaram, para efetivação junto à empresa.
Dentre as condições estabelecidas pelo acordo técnico, o termo estabelece as obrigações das partes. Ao aprendiz, caberá: a frequência, o cumprimento da carga horária, o respeito às normas de convivência, a apresentação de bons resultados de aprendizagem, o cumprimento às normas da empresa e estar em dia com as documentações solicitadas. Ao Senar caberá o fornecimento de instrutores, de material didático e de farda, além da avaliação e certificação dos jovens. As empresas deverão responsabilizar-se pelo espaço físico das propriedades para realização das aulas práticas, estabelecimento de contrato de aprendizagem com os jovens, seleção e contratação, remuneração e o registro em carteira assinada. Ao Sindicato Rural caberá o apoio em coordenação e instrutores, sempre que necessário, além da cessão do espaço para realização das aulas teóricas.
Fonte: Heloíse Steffens / Ascom SPRLEM