A distribuição correta das sementes no solo e a consequente uniformidade e população de plantas é um dos principais aspectos no rendimento de uma lavoura. É no processo de regulagem da plantadeira que o produtor ou o operador de máquina pode interferir no sucesso ou no fracasso da produção. O assunto foi pauta do primeiro seminário de plantio, promovido pelo Sindicato Rural de Luís Eduardo Magalhães e a Associação dos Revendedores e Representantes de Máquinas, Equipamentos e Implementos Agrícolas do Oeste da Bahia (ASSOMIBA), no dia 09 de outubro de 2015.
O principal objetivo do encontro foi qualificar a mão-de-obra regional neste período que antecede o plantio de soja, tanto com informações da área técnica, mas principalmente com a prática de regulagem das plantadeiras. Pela manhã, os 45 inscritos se concentraram no auditório do Senar Regional, com a palestra do engenheiro agrônomo, especialista em plantio direto, Ingbert Döwich, com a abordagem de boas práticas na velocidade de semeadura, profundidade de plantio, distância entre sementes e a importância de se evitar falhas e sementes duplas, otimizando os recursos disponíveis nas propriedades, sem alterar os custos de produção.
“Nosso objetivo é alertar as fazendas em relação ao início da próxima safra, até porque os produtores vêm enfrentando uma série de problemas com condições climáticas instáveis, condições econômicas diferentes de outras épocas com elevação de custos gerais de produção e se começarmos um plantio mal ou complicado, com certeza, o resultado no final também pode ser ruim. E independente de marca A, B ou C, o procedimento na hora do plantio é o mesmo, o que muda são as particularidades de equipamento, mas o objetivo é o mesmo: plantar bem e chegar ao final com uma colheita proporcional ao programado na fase inicial”, detalhou Döwich, também diretor técnico de capacitações do Sindicato Rural.
À tarde, no campo experimental da Fundação Bahia, os participantes acompanharam na prática a regulagem de quatro marcas diferentes de semeadoras. Para o gerente de soluções integradas de uma das concessionárias agrícolas convidadas, Fábio Luís Marques Ribeiro, o evento foi oportuno para sanar as dúvidas e assim garantir o melhor aproveitamento do equipamento e o sucesso na safra. “O plantio é primordial, se o produtor errar nesta fase, dificilmente terá os mesmos resultados daqueles que adotaram as boas práticas”, enfatizou.
Para o operador de máquinas, Ednison Silva de Jesus, que há 20 anos atua na atividade, o seminário sinalizou aspectos que vão além da tecnologia de máquinas, a exemplo das técnicas agronômicas. “Para nós isso é muito importante, não só na manutenção da plantadeira, mas principalmente questões técnicas, como velocidade de semeadura e condições de solo”, destacou Ednison.
A ideia da organização é promover treinamentos contínuos, sempre otimizando as ferramentas disponíveis na região. Outros dois seminários deverão ser promovidos no decorrer da safra 2015/16: um em pulverização e outro antecedendo o período de colheita.
Fonte: Cátia Dörr | Ascom Sindicato Rural LEM