Mais de 120 pessoas, entre produtores, trabalhadores, representantes das revendas multimarcas e seus colaboradores, marcaram presença no 1° Seminário de Pulverização, realizado na última sexta-feira, 15, com o objetivo de atualizar conhecimentos e trocar experiências. Em sua primeira edição, o evento foi promovido pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães (SPRLEM) e pela Associação dos Revendedores e Representantes de Máquinas, Equipamentos e Implementos Agrícolas do Oeste da Bahia (Assomiba).
[caption id="attachment_287" align="aligncenter" width="700"] Palestrante Adilton Lima -Instrutor do Senar/BA e técnico em segurança do trabalho, Adilton Lima[/caption]
Durante a abertura, a presidente do SPRLEM, Carminha Missio, enalteceu a importância da parceria entre as duas instituições e os benefícios do seminário para a região. “Devemos atualizar e capacitar nossos colaboradores, sempre. Acredito que todos os participantes sairão daqui mais preparados do que chegaram. E para nossa alegria, este auditório está cheio. São pessoas interessadas que vieram aqui para absorver conhecimentos e trocar experiências, como forma de se aprimorar profissionalmente, mas também de levar essas informações para a prática no campo”, destacou.
Primeiro a ministrar palestra sobre a NR 31, que trata da lei que regulamenta o uso dos agrotóxicos, o instrutor do Senar/BA, Adilton Lima, reforçou a necessidade de empregados e empregadores cumprirem com as determinações previstas na legislação, sob o risco de, em caso de descumprimento, haver a aplicação de penalidades. “Muitas vezes, o produtor está preocupado, mas o seu colaborador não tem atenção e cuidado com etapas importantes, como a compra, o transporte, o armazenamento e a distribuição. E além de não cuidar disso tudo, ele também não se cuida, porque existe uma resistência do funcionário. E isso acontece porque as empresas permitem. A lei é muito clara. Deve-se cumprir e fazer cumprir. É preciso haver um trabalho mais forte de conscientização neste sentido”, orienta o técnico em segurança do trabalho.
Tecnologia de aplicação
Diversos fatores têm contribuído para a necessidade de se aplicar mais defensivos, fazendo com que a utilização de agrotóxicos seja uma prática cada vez mais presente na realidade do campo. Por isso, de acordo com o especialista em Plantio Direto e instrutor em mecanização do Senar/BA, Ingbert Döwich, é preciso qualificar e aprimorar os conhecimentos daqueles que operam pulverizadores autopropelidos a fim de minimizar os problemas com o equipamento, já que será necessário utilizá-lo com frequência.
[caption id="attachment_288" align="aligncenter" width="700"] Palestrante Ingbert Döwich - Especialista em Plantio Direto e instrutor em mecanização do Senar/BA, Ingbert Döwich[/caption]
“O mau uso, a falta de conhecimento atualizado e a inexistência de cuidados com a manutenção e com a operação ocasionam falhas e avarias nas máquinas e prejudicam o bom andamento no dia a dia da propriedade. O segredo para obter uma boa aplicação passa pela revisão e manutenção adequadas e pela funcionalidade dos sistemas e mecanismos, que são requisitos básicos e indispensáveis, além das condições climáticas e ambientais, estágio da cultura, objetivo da aplicação, tipo do produto, entre outros aspectos. Tudo isso vai condicionar o ajuste do volume de calda a ser empregado, o que obrigatoriamente passa pela escolha do tipo da ponta de pulverização”, explicou Döwich.
Após a realização das palestras, que aconteceram pela manhã no auditório do Sindicato dos Produtores Rurais, os participantes seguiram, já no período da tarde, ao campo experimental da Fundação Bahia, no complexo Bahia Farm Show, onde assistiram às demonstrações técnicas de pulverizadores autopropelidos de diferentes marcas. Cerca de 90 pessoas estiveram presentes.
Avaliação
Satisfeito com a parceria de longa data com o Sindicato Rural, o presidente da Assomiba, Fábio Queiroz Martins, disse que a realização do seminário permitiu o aperfeiçoamento do conhecimento entre os operadores de máquinas agrícolas da região Oeste. "Com certeza, ao final deste encontro, os produtores rurais terão operadores mais capacitados, que poderão utilizar todos os recursos que o equipamento disponibiliza. As empresas que comercializam equipamentos agrícolas, por sua vez, terão seus produtos sendo utilizados por pessoas capacitadas”, finalizou