As exportações baianas voltaram a subir em junho, pelo segundo mês consecutivo, alcançando US$ 629,8 milhões e crescimento de 26% comparadas a igual mês de 2016. Os embarques foram puxados pelo chamado “complexo soja” (grão, farelo e óleo) com vendas de US$ 159,8 milhões e incremento de 198,6%. O volume exportado da oleaginosa alcançou 443,8 mil toneladas em junho, com um aumento de 141% sobre junho de 2016. Além da maior produção em relação ao ano passado, em que a produção sofreu perdas devido à seca, os embarques do produto, travados desde o fim de 2016 em razão da queda de preços, ganhou impulso, desde maio, graças à desvalorização do real em relação ao dólar. Foram destaques ainda no mês as vendas de derivados de petróleo, que saltaram 209% na mesma base de comparação, alcançando US$ 31,1 milhões, e de papel e celulose, que cresceram 35,3%, a US$ 122,9 milhões. Com importante peso na pauta de manufaturados, as exportações de automóveis - diante da recessão interna, com queda na demanda e restrição ao crédito - também subiram 18,4% sobre junho do ano passado, a US$ 44,6 milhões. Com os resultados de junho, as exportações baianas no primeiro semestre alcançaram US$ 3,67 bilhões, com incremento de 7,3% ante igual período do ano anterior. O desempenho positivo no semestre dá sequência ao comportamento visto nos últimos meses, em parte impulsionadas por melhores preços de commodities, pela recuperação da produção agrícola, assolada no ano passado por forte seca e ao câmbio mais competitivo, que melhorou as margens, dando maior competitividade às vendas de produtos manufaturados. As importações também cresceram em junho 28,2%, atingindo US$ 569 milhões, ante o mesmo período do ano passado. O crescimento embora superior ao registrado nas exportações foi pautado na categoria “combustíveis”, que se elevou 193,2%, principalmente nafta e óleo diesel. Os combustíveis representam algo próximo a 37% do total importado pela Bahia em 2017.
Detalhamento:
Algodão Na Bahia, a colheita foi iniciada em maio e deve se estender até julho, estimando-se que foram colhidos 30% da área cultivada. A expectativa de produção é em torno de 320 mil toneladas de plumas. Os números da safra atual representam aumento de 29,1% na produção de pluma e caroço em relação à safra passada. No Oeste, as chuvas bem distribuídas do mês de janeiro a abril, propiciaram o ótimo desenvolvimento das plantas de algodão, contribuindo para aumento da produção. Alguns produtores relatam produtividades superiores à 4.500 kg/ha (300 @/ha). A colheita foi iniciada no mês de maio e já evoluiu em 30% da área. Na região Sudoeste estima-se o cultivo de 4,4 mil ha, entre cultivos de sequeiro e irrigado com gotejamento, caracterizado por propriedades de médio e pequeno porte. A produtividade média esperada é de 1.500 kg/ha (100@/ha) de algodão em caroço, a colheita foi iniciada no mês de maio e já evoluiu em 70% da área. No Vale do São Francisco estima-se o cultivo de 7,5 mil ha de cultivo de sequeiro irrigado com pivô central, caracterizado por propriedades de grande e médio porte. A produtividade média esperada é de 1.203 kg/ha (80,2 @/ha) de algodão em caroço, a colheita foi iniciada no mês de maio e já evoluiu em 70% da área.
Soja O cultivo da soja ocupou a área de 1.580,0 mil ha, entre cultivos de sequeiro e irrigado. A colheita está finalizada e estima-se uma produtividade de 3.242 kg/ha (54 sc/ha) com a produção de 5.123,3 mil ton de grãos. Sorgo O cultivo do sorgo ocupou área de 98,5 mil ha e com a colheita finalizada estima-se a produção de 105,2 mil ton. Os números da safra atual representam aumento de 11,4% na área cultivada e aumento de 18,3% na produção de grãos em relação à safra passada. A produção de sorgo é destinada basicamente ao consumo interno, sendo consumido pelas indústrias granjeiras e pecuárias.
Arroz A colheita está finalizada e estimativa a produção em torno de 7,3 mil ton. Os campos de arroz estão concentrados no Oeste, em manejo de sequeiro, com plantio direto e convencional.
Feijão 1ª safra (cultivo de verão): Ocupa a área de 226,9 mil ha, com o rendimento médio de 628 kg/ha (10,5 sc/ha) com a expectativa de produzir 142,6 mil ton. A produção baiana de feijão é dividida em feijão cores (mais produtivo) e feijão macaçar (mais adapto a restrição hídrica). Feijão cores: O cultivo de verão ocupa a área de 57 mil ha. Os plantios de sequeiro foram realizados em novembro e dezembro, e os plantios irrigados foram realizados em sucessão a lavoura de soja, e espera-se rendimento de 999 kg/ha (16,7 sc/ha). A colheita foi iniciada em abril e está finalizada, com a estimativa de produção em torno de 57 mil ton. Os números da safra atual representam aumento de 68,7% na produção em relação à safra passada. Feijão caupi: Na Bahia, o cultivo de verão do feijão caupi ocupa a área de 169,9 mil ha. A colheita está sendo realizada e há expectativa de produção de 85,5 mil ton. Os números da safra atual representam aumento de 159,6% na produção em relação à safra passada. No Oeste estima-se o cultivo de 64 mil ha, entre cultivos de sequeiro e irrigado. A colheita das lavouras de sequeiro foi iniciada durante o mês de maio e as áreas irrigadas serão colhidas em julho. Estima-se a produtividade de 900 kg/ha (15 sc/ha) e produção de 57,6 mil ton. 3ª safra (cultivo de inverno): ocupa a área de 219,8 mil ha, com o rendimento médio de 643 kg/ha (10,7 sc/ha) com a expectativa de produzir 141,3 mil ton. Os plantios ocorrem a partir de maio e espera-se o início da colheita para agosto. Feijão cores: Espera-se que sejam cultivados cerca de 208,2 mil ha com a produção de 135,3 mil ton. A média produtiva da região é de 650 kg/ha (10,8 sc/ha). O plantio da safra está em andamento, estima-se que cerca de 90% das lavouras já estejam plantadas. O motivo para o atraso dos plantios é devido à irregularidade e atraso das chuvas. As lavouras estão apresentando ótimo desenvolvimento. Os cultivos mais produtivos, estão nas microrregiões de Ribeira do Pombal e Alagoinhas. Nelas o cultivo é mecanizado e a grande utilização de fertilizantes e defensivos, e representam cerca de 30% da área cultivada com o feijão de inverno. As microrregiões de Serrinha, Riachão do Jacuípe, Paulo Afonso e Feira de Santana são caracterizadas pelo cultivo em áreas menores.O cultivo nessas microrregiões ocupa cerca de 70% da área cultivada com o feijão de inverno.
Milho 1ª safra O cultivo verão do milho estima-se a produção de cerca de 1.473 mil ton. Os números da safra atual representam aumento de 19,8% na produção. No Oeste, estima-se o cultivo de 237 mil ha, entre cultivos de sequeiro e irrigado. A colheita das lavouras de sequeiro foi iniciada durante o mês de maio, cobrindo 90% da área cultivada. 2ª safra Espera-se que sejam produzidos cerca de 488,8 mil ton. A média produtiva da região é de 1.844 kg/ha (30,7 sc/ha). O plantio das lavouras está finalizado, porém os estandes estão bastantes heterogêneos, sendo possível encontrar lavouras recém-germinadas e lavouras em estágio de frutificação. Os cultivos mais produtivos, com o emprego da mecanização agrícola em todas as fases da cultura estão nas microrregiões de Ribeira do Pombal e Alagoinhas, representam cerca de 45% da área cultivada com o milho de inverno, com produtores que atingem o rendimento de até 150 sc/ha. No município de Rio Real foi observado a expansão das lavouras de milho em áreas ocupadas pela citricultura. O cultivo nas microrregiões de Serrinha, Riachão do Jacuípe, Paulo Afonso e Feira de Santana ocupa cerca de 55% da área cultivada com milho de inverno, e os produtores atingem rendimentos de até 30 sc/ha. Mamona A colheita já iniciou e estima-se que sejam produzidos 10,4 mil ton de grãos.
Trigo O cultivo de inverno foi iniciado em meados de maio, em manejo irrigado. A expectativa de plantio é de 5.000 ha, esperando-se o rendimento de 6.000 kg/ha (100 sc/ha) e a produção de 30,0 ton.
Fonte: CONAB