Segundo dados iniciais do Cadastro Florestal de Imóveis Rurais (Cefir), que corresponde na Bahia ao CAR Nacional, dos 9,1 milhões de hectares inseridos no bioma Cerrado na região, 4,5 milhões estão conservados e 3,1 milhões são produtivos.
O oeste da Bahia, um dos maiores polos de produção de grãos e fibra do Brasil, possui uma área consolidada de 3,1 milhões de hectares, de acordo com os dados atualizados da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). Estes números correspondem a 36% do total de área aberta para diferentes usos, incluindo as atividades de lavoura e pecuária. Com 51%, até então, de adesão na região ao CAR/Cefir, o agricultor do oeste baiano tem mostrado a sua importância para a conservação do Cerrado e manutenção dos serviços ecossistêmicos, considerando que os números iniciais da área total do CAR apontam a existência de uma área aproximada de 4,5 milhões de hectares com remanescentes de vegetação nativa em diferentes fisionomias do Cerrado (campestres, savânicas e florestais).
Além disso, os valores indicam que as áreas consideradas conservadas, preservadas e/ou em processo de recuperação são maiores em propriedades privadas (4,5 milhões de hectares) do que as áreas atualmente estabelecidas como Unidades de Conservação de Proteção Integral e de Uso Sustentável (Federal, Estadual e Municipal) implantadas na região, que é de 1,9 milhão de hectares.
O oeste da Bahia, portanto, segue o exemplo de outras regiões do país. Estudos recentes conduzidos pela Embrapa (2017) apontam que dos 850.280.588 hectares que compõem o território brasileiro, 61% encontram-se conservados com vegetação nativa, em propriedades rurais como áreas de Reserva Legal (RL) e Áreas de Preservação Permanente (APPs), Unidades de Conservação, terras indígenas e terras devolutas constituídas entre outros por relevos e águas interiores. Os outros 39% do território nacional, estão distribuídos entre áreas ocupadas 8% por lavouras e florestas plantadas; 19,7% com pastagens e 11,3% com cidades, infraestrutura, mineradoras, entre outras.
Neste sentido, a busca pelo desenvolvimento sustentável, através de ferramentas legais para a regularização ambiental das propriedades rurais, boas práticas agrícolas e a aplicação de novas tecnologias, promoveu a maximização da utilização das áreas já consolidadas no Brasil.
“O produtor rural, principalmente o baiano, sabe que o desenvolvimento sustentável é seu grande aliado para melhorar cada dia mais a sua produtividade. E por isto, que ele tem adotado modelos que associam os desafios de produção, cumprimento legal e a adoção de boas práticas agropecuárias, trazendo eficiência em todas as etapas do processo, com manejo adequado do solo e da água e gestão de resíduos”, ressaltou Alessandra Chaves, diretora de Meio Ambiente da Aiba.
Projetos Ambientais
Certos que a sustentabilidade é o caminho para o futuro do agronegócio, a Aiba, juntamente com os seus produtores associados, realiza projetos que possuem o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável na região.
Entre eles, estão o Centro de Regularização Ambiental, que orienta o agricultor sobre as questões ambientais legais da propriedade; o Projeto de Manejo de Solo, que incentiva as boas práticas agrícolas no plantio; e a pesquisa sobre o Potencial Hídrico do oeste da Bahia, que irá monitorar e quantificar as águas do sistema aquífero Urucuia.
“A Associação busca, através de seus projetos na área de sustentabilidade ambiental, fornecer subsídios para que o agricultor possa conduzir a sua propriedade mantendo equilíbrio na produção associada ao cumprimento da legislação vigente, e assim, colaborar para ele fazer o que mais sabe fazer: produzir”, destacou o presidente da Aiba, Celestino Zanella.
Ascom Aiba