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Aciagri traz especialista em Estratégia e Gestão de Negócios em evento com revendas

Publicado por SPRLEM em 12/02/2016
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A Associação do Comércio de Insumos Agrícolas (Aciagri) iniciará 2016 investindo no aprimoramento da gestão das empresas associadas, através da promoção de palestras e workshops com a presença de renomados especialistas. A primeira atividade acontecerá no dia 24 de fevereiro, às 20h, com o consultor Marcelo Prado. Prado é engenheiro agrônomo formado pela UNESP Jaboticabal em1978, mestre em Gestão Empresarial pelo Centro Universitário do Triângulo /MG, especialista em Parcerias e Alianças, Liderança e Trabalhos em Equipe pela Universidade Central da Flórida, Estratégia e Gestão de Negócios na Universidade de Harvard e Aperfeiçoamento em Gestão nas Universidades Europeias em Holland e Kingston. Trabalhou como executivo do Grupo Algar no período de 1978 a 1999, sendo que por dez anos ocupou o cargo de Vice-Presidente da Divisão Agro. Em 1999 fundou a M.Prado Consultoria Empresarial, que já participou da profissionalização da Gestão em mais de 500 empresas em 25 estados do Brasil e em trabalhos de Gestão Corporativa na Argentina, Uruguai, Paraguai, Portugal e Inglaterra. No mesmo ano foi eleito pela Universidade de São Paulo (USP) Personalidade Empresarial do Ano no evento internacional do PENSA – (Centro de Conhecimento em Agronegócios). No ano de 2002, ocupou o cargo de Secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais. Atualmente, é conselheiro credenciado do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e participa como conferencista em eventos nacionais e internacionais. Nos últimos anos também foi professor convidado pela USP,   bFundação Getúlio Vargas (FGV) e do Instituto Brasileiro de Mercados e Capitais (IBMEC) de MBA, ministrando as disciplinas de Gestão Empresarial, Estratégia, Liderança e Desenvolvimento de Plano de Negócios. Confira na íntegra a entrevista concedida ao InformAciagri (AI):
 
IA: O QUE É GOVERNANÇA CORPORATIVA?
Marcelo Prado: Governança Corporativa é um sistema implementado nas organizações a fim de dirigi-las, monitorá-las e incentivá-las, envolvendo as práticas e os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria e órgãos de controle. As boas práticas de Governança promovem princípios e recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor  da organização, dando à ela maiores níveis de competitividade, na busca de garantir a sua perpetuidade.
 
IA: QUAIS OS PRINCÍPIOS DA BOA GOVERNANÇA?
M.P: A boa governança passa pela harmonia de propósitos entre sócios, dirigentes e funcionários. Todos precisam remar a canoa no mesmo sentido. A organização precisa ter valores e mecanismos de controle que possam garantir altos índices de governança, excelência em gestão e rentabilidade.
 
IA: NO DIA A DIA, QUAIS OS BENEFÍCIOS DE UMA BOA GOVERNANÇA A EMPRESA?
M.P: Quando existe um processo de governança bem estruturado, sócios, conselho, dirigentes e funcionários sabem claramente a estratégia da organização, os caminhos para alcançar os resultados e os mecanismos de controle gerenciais são efetivos com o objetivo de dar à empresa um futuro mais concreto. Um bom acordo de acionistas, conselho de administração atuante, regras claras de sucessão e critérios para familiares trabalharem na empresa, também são muito importantes na construção de uma boa governança.
 
IA: HOJE, QUAIS OS PRINCIPAIS ENTRAVES À BOA GOVERNANÇA? POR QUÊ?
M.P: O principal entrave à boa governança é a disciplina no cumprimento das diferentes etapas do processo. As ferramentas de governança implementadas precisam ser ativas e funcionarem, para que o sistema alcance a excelência. Muitas vezes, regras são criadas e ficam apenas na gaveta e nunca são utilizadas.

 
IA: NO CENÁRIO ATUAL, QUAL É O PERFIL/ COMPORTAMENTO DAS EMPRESAS, QUANTO AO ASSUNTO? OS EMPRESÁRIOS TÊM CONHECIMENTO DO ASSUNTO?
M.P: Atualmente, existe um grande interesse nas empresas de diferentes portes, em implementar bons processos de governança. Até porque, periodicamente no Brasil estouram problemas nas companhias, que basicamente ocorrem por falta de governança ou por um modelo ineficiente. Durante muitos anos, se pensou que a governança corporativa era apenas para empresas de grande porte, e o tempo mostrou que ela é importante para qualquer tipo de negócio e tamanho. A implantação de um programa de governança não é investimento caro considerando os benefícios que ela. A governança corporativa será fundamental para melhorar o nível de organização e gestão das empresas brasileiras, visando dar à elas um futuro mais promissor e seguro. A implantação de um programa de governança não é investimento caro considerando os benefícios que ela traz, tais como:
a. empresas que possuem governança, valem de 30% à 50% mais no mercado que outras equivalentes sem o programa;
b. as taxas de juros praticadas por fornecedores e bancos para empresas com governança são menores do que para as que não possuem;
c. empresas que possuem um sólido programa de governança são em média 20% à 30% mais rentáveis ao longo do tempo, do que as que não possuem.
 
IA: E NO SETOR AGRO, QUAL O CENÁRIO?
M.P: No momento, a MPrado está implantando cerca de 40 projetos de governança no setor agro, em distribuidores de insumos agrícolas, agroindústrias, concessionárias de máquinas e implementos, e agricultores de médio e grande porte. Isto é uma prova que o setor está consciente sobre a importância de se ter um programa de governança para auxiliar na perpetuidade do negócio. O interesse dos empresários no assunto é crescente, porque nos últimos anos houve um acúmulo grande de riquezas e de evolução nos patrimônios, e a governança é uma ferramenta para preservar as conquistas alcançadas.
IA: QUAIS OS RISCOS QUE AS ORGANIZAÇÕES ESTÃO EXPOSTAS QUANDO NÃO HÁ GOVERNANÇA OU DA FORMA DE DEVERIA?
M.P: Os principais riscos quando uma empresa não possui governança são:
a. conflito entre sócios;
b. desarmonia estratégica entre sócios, dirigentes e funcionários;
c. conflitos no processo de sucessão;
d. modelos de reuniões gerenciais não abrangentes, que contemple todas as variáveis;
e. má gestão dos riscos fiscais, trabalhistas, ambientais e mercadológicos;
f. ausência de delegação de responsabilidades, entre outros.
Fonte: Ascom/Aciagri